Varinas choram e criticam
Onde mais se vibra com as vitórias do Varzim, nas ruas, entre a nação varzinista, é também onde mais se chora o clube. No mercado municipal, nas bancas das peixeiras, ferrenhas varzinistas misturam desalento e censura á governação do clube na última década.
"Que desilusão. Mas o destino estava traçado. A equipa é boa, com rapazes da terra, novos e cheios de garra, mas quando se trabalha e não há dinheiro ao fim do mês... O Varzim sempre teve boa freguesia. Mas governar o clube não deve ser diferente do que eu faço aqui na banca: primeiro trabalho para os fornecedores, só depois junto para mim", diz a desencantada Susana "Poveira", assim apresentada como se pretendesse esconder a repreensão.
Na banca ao lado, a culpa foi atribuída a sortilégio da bola: "Quando ouvi aquele golo do Covilhã, no último minuto, foi uma desilusão. Mas a vida é assim. Ganha-se e perde-se. O Varzim é grande e há-de voltar a trepar", garante Madalena Marafona, poveira e varzinista há 69 anos. E portista!
"Quero voltar a ver o Varzim na primeira, até para o voltar a ver a ganhar aos de Lisboa..."
Jornal de Notícias
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