18 de janeiro de 2012

A meio caminho do fim do pesadelo?

O reforço da liderança do Varzim na dobragem para a segunda volta é, naturalmente, um factor acrescido de esperança para todos os que querem ver este pesadelo da II Divisão Nacional terminado no final da época. Depois de um arranque tímido neste campeonato, com dois empates contra equipas qualitativamente inferiores (Fafe e AD Oliveirense), os Lobos do Mar mostraram competência, qualidade e motivação acrescida à medida que os resultados apareceram, tanto em casa como extra-muros. É no entanto verdade que houve encontros - em Ponte de Lima, na Madeira com o Marítimo B e na Póvoa com o Merelinense - em que os resultados ficaram muito aquém das expectativas e daquilo que seria normal.
De igual modo a concorrência persistente do Ribeira Brava, praticamente até à jornada do passado domingo, era algo atípica. No entanto, o triunfo concludente (1-3) a que cerca de 20 varzinistas tiveram a oportunidade de presenciar, desfaz os enganos e prova que o Varzim é, na verdade, o candidato dos candidatos a terminar a fase regular do campeonato na primeira posição. De resto, olhando às três séries, o Varzim é mesmo o líder cuja distância para o segundo classificado é mais acentuada. Nas outras zonas, a diferença é de apenas um ponto.
Quererá (ou quereria) isto dizer que, se o campeonato terminasse agora, seríamos os mais preparados para vencermos a Liguilha final? Teoricamente, talvez sim. Na prática só frente a frente é que se sabe quem verdadeiramente estará à altura do desafio final.
Os adeptos começam a consciencializar-se desse dado e parece haver uma (re)união em torno do emblema poveiro. Vale a pena não esquecer que os grandes momentos da vida do Varzim aconteceram quando houve uma identificação mútua entre equipa e adeptos. Tal como há 16 anos, quando caímos na II Divisão B e subimos em duas épocas à I Liga, o entusiasmo parece ter tomado conta dos varzinistas. Prova disso são os 1673 espectadores que assistiram na Póvoa ao Varzim x Chaves. Não haverá certamente muitos jogos de I e de II Liga que se possam orgulhar de uma moldura humana tão assinalável.
Por isso, nesta altura em que reflectimos sobre o que foi a primeira volta do campeonato, resta-nos fazer votos para que a equipa mantenha a qualidade e a determinação, até que o objectivo esteja alcançado.
E os varzinistas lá estarão. Porque sabem reconhecer o esforço de quem honra o seu emblema. E porque, acima de tudo, sabem que são absolutamente decisivos na reconquista da II Liga.

PS - fui ontem chamado a atenção para a existência do comentário não moderado de jpmeneses, autor deste blog. É uma pessoa que bem conheço e com a qual mantenho uma saudável amizade de muitos anos que resiste ao mais mesquinho que uma rivalidade clubística pode ter. Com todo o direito que lhe assiste, ele respondia a um comentário neste post, (feito por um varzinista ou não pouco importa) cuja veracidade do teor não nos cabe nem nos interessa apurar. E quero sobre isto dizer o seguinte: o facto de ser co-administrador deste blog não me vincula a certas opções de moderação de comentários. Se dizemos que todos os que são impróprios devem ser banidos, a regra deve ser cristalina para todos... varzinistas e adversários. E porquê discutir isto no domínio público do blog? Simples meus amigos: para que, tanto utilizadores como administradores, se interpelem sobre as suas intenções e sobre a sua coerência, respectivamente. Se nos orgulhamos de figurar entre os mais limpos da presença varzinista no mundo virtual, devemos respeito a todos. Para espectáculos infelizes já nos basta a obsessão tribunalesca de certa gente cujo qualificativo não encontro para definir. Esta adenda não pretende ser um pedido de desculpas nem branquear o sucedido. O que está feito está feito. Mas quero aproveitar este "tempo de antena" para deixar um apelo em duas direcções: aos nossos visitantes para que evitem entrar na devassa da vida de terceiros, seja os factos verdadeiros ou não... este espaço é sobre o Varzim e, como tal, outros factos não têm aqui qualquer relevância; aos nossos administradores, em que eu mesmo me incluo, para que tenham a noção de que, às vezes, mais vale um comentário a menos e manter a casa limpa. Ou então, deveremos assumir uma de três atitudes: ou não moderamos comentários e todo o lixo que vem à rede é para ler; ou moderamos comentários, mas com sentido de responsabilidade; ou deixamos de aceitar comentários. Não podemos é vender o discurso da coerência e da correcção para logo a seguir cometermos os mesmos erros dos outros. Uma coisa são rivais, que devemos respeitar (porque ao longo do seu percurso também nunca nos desrespeitaram). Outra coisa bem diferente são otários que nem o nosso tempo de antena merecem.
Apesar de professarem a mesma ideologia clubística, devemos ser suficientemente inteligentes para percebermos que não são, necessariamente, uma e a mesma coisa.

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