É o regresso de Alexandre ao Varzim, depois da sua experiência como treinador ao serviço do Esposende, função essa, que terminará no próximo domingo, com Alexandre a orientar pela última vez a formação do Esposende, e dedicar-se ao Varzim como dirigente.
Um regresso que deixa feliz muitos sócios e adeptos varzinistas, que sempre admiraram Alexandre, pela forma como dignificou a camisola alvi-negra, e também pelo facto de ter envergado "só" a camisola varzinista.
Aqui fica este pequeno diálogo com o (para muitos) "eterno" capitão...
Como recebeste o convite?
Fui abordado recentemente, de modo informal, sobre qual seria a minha disponibilidade para regressar como diretor desportivo profissional para o Varzim nos tempos mais próximos, ao que respondi que como profissional estaria fora de questão, primeiro porque seria contraproducente numa altura em que o Varzim está a viver uma situação dramática em termos financeiros (com os atletas com ordenados em atraso) estar a onerar ainda mais os cofres do clube e segundo porque tenho compromissos profissionais assumidos com a minha entidade patronal (nomeadamente a instalação de mais um campo relvado na Póvoa e a compra do franchising da escola geração Benfica que irá abrir brevemente) e que me impossibilitava de me tornar profissional, mas que estaria sempre pronto a ajudar dentro das minhas limitações, desde que houvesse permissão da minha entidade patronal. Entretanto, ontem (terça-feira) o Pedro Faria solicitou uma reunião comigo, onde depois de debatidos inúmeros assuntos sobre a vida e o futuro do clube, endereçou-me o convite para assumir, e dirigir, a “pasta” do futebol, fiquei em pensar e falar com a minha entidade patronal, com a minha mulher e com a A.D. Esposende e que depois decidiria. Decidi mais com o coração do que com a cabeça, mas espero ter tomado a decisão certa.
Em tempos foste abordado para gerir a construção do novo estádio, depois para coordenar a Formação. Vais conciliar essas duas funções no clube?
Foram convites e situações diferentes. Relativamente ao primeiro convite, sempre disse que só ponderaria assumir funções no clube desde que me sentisse útil e sentisse que poderia ajudar de alguma forma. Dado a minha formação não ser ao nível da engenharia e da arquitetura, como é óbvio, não fazia sentido nenhum, estar a ser remunerado (porque seria profissional na altura) para assumir a função de gerir a construção de um estádio (que tal como afirmei não sairía do chão nos próximos anos) , gosto demais do Varzim para estar a receber e não me sentir útil.
Quanto ao segundo convite (inicialmente também para ser profissional), recusei desde logo essa situação (o de ser profissional) e disponibilizei-me (tal como qualquer associado do clube) dentro das minhas limitações profissionais e de tempo, tentar colaborar naquilo que pudesse, tendo prestado pontualmente a minha colaboração ao Eng. Joaquim Oliveira (alias pessoa competente e de grande qualidade).
Qual a tua missão específica no clube?
O que me pediram foi para elaborar uma politica e uma linha de rumo para o futebol do clube. Como na minha filosofia não existe Varzim de primeira e Varzim de segunda, ou seja, Varzim Sénior e Varzim de Formação, será traçada uma linha de rumo que pense o Varzim como um só, onde exista organização, regras e funções bem definidas para cada elemento que integre esta estrutura. Tenho a perfeita noção que me espera uma tarefa difícil, até porque os problemas financeiros são enormes, e o mais sensato seria ficar no meu canto, mas tal como disse anteriormente, tomei esta decisão com o coração e agora que está tomada o que posso prometer é o máximo empenho e dedicação nesta causa.
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