15 de fevereiro de 2013

“Um dia vou regressar ao Varzim”

Entrevista de Luís Neto ao Jornal Mais Semanário...


 O poveiro Luís Neto é um dos jogadores em ascensão no panorama da seleção nacional, tendo se estreado com a camisola das quinas na semana passada. O defesa central, que vai agora abraçar um novo desafio profissional no futebol russo, ao serviço do Zenit de S. Petersburgo, ao lado de outro poveiro, Bruno Alves, não esquece as suas raízes e o seu crescimento no Varzim, garantindo que voltará um dia para jogar com a camisola alvi-negra.

 Completou frente ao Equador, a sua primeira internacionalização por Portugal, e logo como titular. É um momento para nunca mais esquecer?
 Sem dúvida, era um sonho de criança, e foi uma sensação indescritível poder representar Portugal, com os meus pais, avós e toda a minha família a assistir. É algo que vou lembrar para sempre, pois, até agora, foi o ponto mais alto da minha carreira. Tenho de agradecer à minha família, namorada, amigos e público todo o carinho e força que me deram.

 Estreou-se fazendo dupla com Bruno Alves, outro poveiro, isso teve algum sabor especial?
 O Bruno sempre foi uma referência para mim. Tenho por ele grande estima. Apoiou-me muito durante o jogo e só posso agradecer-lhe a experiência que me transmitiu. Foi uma honra poder partilhar a minha primeira internacionalização com ele.

 E agora vai também partilhar com ele a nova experiência no Zenit de S. Petersburgo. Que expetativas para esta nova fase da sua carreira?

 O Bruno foi a primeira pessoa a quem telefonei quando surgiu esta oportunidade. Pedi-lhe referências sobre o clube a cidade e o campeonato. É sempre bom irmos para outro país e termos alguém que nos pode dar a mão, e isso vai acontecer. É uma nova oportunidade na minha carreira, creio que vou para um clube de um nível superior aos que estive. Foi uma aposta pessoal, e sei que tem os seus riscos, por ser um campeonato e um país bem diferente. Mas tinha de aproveitar o momento, nunca se sabe se alguma coisa poderia correr mal, e não poderia deixar fugir este desafio.

 Apesar da sua carreira está evoluir rapidamente, a sua formação e crescimento no Varzim é impossível esquecer?
 O Varzim é casa onde me formei como jogador e como homem. Dificilmente conseguirei retribuir o que fizeram por mim. Estou eternamente grato e sei que, mais cedo ou mais tarde, irei voltar um dia e ter um papel importante no clube, Isso me dá-me força para continuar a trabalhar. Esteja onde estiver sempre irei acompanhar o Varzim, é o meu clube de toda a minha família. Apesar das dificuldades que o Varzim atravessa, sei que vão superar as contrariedades e regressar ao lugar que merecem.

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