Ontem, hoje e sempre...

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... juntos para vencermos as adversidades!

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Há imagens que nem eu, nem nenhum varzinista, alguma vez esquecerá: aqueles 500 resistentes na Covilhã que carregaram a equipa para um triunfo que era capital… aquela tarde de 7 de Maio, em que marchámos Avenida dos Banhos fora até ao estádio para receber em festa os nossos bravos jogadores. O mais tocante foram os sorrisos que se vislumbravam pela janela… do Tiago Carneiro (um dos que vinha nos lugares da frente), do condutor do autocarro do Varzim… a alegria do Sr. Alfredo Costa em ver tanta gente a receber os atletas num jogo que era decisivo para as nossas aspirações. Todos unidos por um propósito: VENCER COM ELES TODAS AS BATALHAS QUE AINDA HÁ PARA ENFRENTAR!

Nós somos esta gente que não desiste de os seguir, de os incentivar, de trilhar o caminho com eles… lado a lado. Já uma vez o disse e repito-o: o Varzim são os 11 lá dentro e o poderosíssimo 12.º que os acompanha.

Por isso é que foi tão emocionante o momento da entrada dos jogadores nos balneários. Foi enérgica a resposta à injecção de coragem que lhes demos naquela hora e meia que antecedeu um encontro que, infelizmente, teve um mau desfecho para nós.

Desistimos? OBVIAMENTE NÃO!

Veio o jogo de Moreira de Cónegos e a confiança renovou-se. Fomos 600, tantos ou mais que os adeptos da casa.

Fizemos uma exibição esforçada e digna, merecedora de um resultado mais risonho. Recuperámos de uma desvantagem de dois golos num cenário adverso. Chegámos a ser senhores do jogo com 10 em campo, diante de uma equipa onde Pica e Bruno Moreira fizeram aquilo que nunca os vimos fazer no nosso Varzim. O futebol tem destas coisas estranhas! Acresce a isso a forma indigna, desrespeitosa e provocatória como celebraram os golos do Moreirense. Ninguém lhes pedia que não marcassem à antiga equipa. São profissionais, têm de cumprir o seu papel.

Mas, ao menos que se dessem ao respeito!

Principalmente, o Bruno Moreira (que não esteve dois dias, nem duas semanas, nem dois meses no Varzim).

Infelizmente, sucumbimos numa partida em que (mesmo a jogar com 10) demos tudo e mais alguma coisa para, ao menos, pontuarmos.

E agora? Fazer o quê? Baixar os braços? NUNCA!

Temos dois jogos em que ainda é possível corrigir os erros e garantir o objectivo da época. Sejamos práticos: não é aquilo que queríamos mas, dadas as circunstâncias, é o melhor que podemos alcançar.

São duas finais. São dois triunfos capitais. Que até podem ser mais importantes se os nossos adversários directos nesta luta escorregarem.

O primeiro tem de ser já o Belenenses no próximo sábado. Temos de esquecer os últimos desaires e voltar a dar as mãos pelo nosso clube.

O amor e o orgulho varzinista estão feridos mas não morrem. SÃO IMENSOS! E ultrapassam todas as divergências e fazem esquecer episódios menos felizes. E é por isso que quero aqui dar boa nota da presença do Alexandre no treino desta quarta-feira.

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A presença dele, enquanto referencial de serenidade para aqueles que se fizeram jogadores sob a sua liderança enquanto capitão, foi mais uma prova de que a união é a receita para a força. Para que ela não falte a quem tem dentro das quatro linhas a dura missão de defender e honrar o nosso emblema.

E agora uma mensagem para os nossos jogadores, que sintetizo em quatro pontos fundamentais:

1. As grandes concentrações de adeptos não são para pressionar os jogadores nem para os obrigar a pagar a dívida do apoio que lhes prestamos. É um sinal da esperança que não morre. É um sinal da confiança que merecem. É um sinal evidente de carinho destes adeptos incansáveis que somos;

2. Esta equipa do Varzim tem qualidade para ganhar a qualquer equipa e em qualquer estádio. Ainda por cima em casa… vocês querem, vocês podem, vocês mandam! E nada vos pode derrubar, porque vocês nada têm a temer.

3. É fundamental vencer as duas finais que falta disputar. É absolutamente crítico vencer o Belenenses, que é a primeira e a mais importante. Na última jornada, pensar no empate que pode ser suficiente não é atitude que se justifique de forma alguma. Em Oliveira de Azeméis, a nossa atitude tem de ser sempre apontar à vitória.

4. Sabemos bem que haverá dinheiro e interesses ocultos a circular. Infelizmente é a realidade de um futebol onde a verdade se deixa sobrepor à portuguesíssima chico espertice. Mas não há dinheiro nem mau árbitro que bata a vossa qualidade e a vossa vontade. De que importa o Covilhã ou outros enterrarem dinheiro no Belenenses ou na Oliveirense ou no Aves, se nós formos melhores que TODOS os nossos adversários?

Esta é a injecção de orgulho e de raça de que os jogadores necessitam. Mas temos de estar cientes que, em futebol, há três resultados possíveis. Cabe aos jogadores procurarem o melhor desfecho. Cabe aos adeptos não esmorecer no apoio. E se alguma coisa correr mal (batamos na madeira), não retiremos nem cobremos o apoio fantástico que temos dado a esta equipa. A esta equipa e, obviamente ao Eduardo Esteves. Não são raras as vezes em que discordo das suas opções tácticas. Respeito-as e julgo-as à luz das consequências positivas ou negativas no desempenho da equipa. Estou à vontade para dizê-lo aqui, porque disse-lho pessoalmente: quando ele foi nomeado para substituir o Rui Dias, eu desconfiei. Fiquei pouco convencido do sucesso de tal opção. E a verdade é que o desempenho desportivo da equipa não correspondeu aos altos voos que todos ambicionávamos e são a razão de ser da história e do passado deste clube. Mas não há ninguém que lhe possa apontar o dedo neste ponto: o Eduardo foi, além de treinador, o psicólogo, o amigo, o pai, o irmão mais velho que ouviu e aconselhou este jovem plantel nas sucessivas crises salariais. Não é tarefa fácil gerir uma equipa nestas condições. E por isso, quando olho para trás, posso até achar que o desempenho desportivo do consulado de Eduardo Esteves podia até ser melhor. Mas para mim, a maior virtude deste treinador é a capacidade que tem para ser um excelente gestor de recursos humanos num grupo onde a crise tem sido ‘o pão nosso de cada dia’. Por tudo isto, e para finalizar, não nos restam grandes alternativas: é preciso vencer o que ainda falta vencer, fazer o que ainda não foi feito. E isso necessita criticamente do apoio de todos.

Precisamos de confiança e coragem. Euforias contidas, humildade, nervos de aço. E só juntos poderemos vencer!

ALA ARRIBA VARZIM!!