Varzim - 95º aniversário lembrado em tempo de Natal

O clube poveiro deu inicio às comemorações com a habitual cerimónia solene no estádio seguindo-se as romagens aos cemitérios da Póvoa e Aver-o-mar. Os discursos de Lopes de Castro e Macedo Vieira foram marcantes na vida futura do Varzim

Pouco depois da 11 horas e depois do içar da bandeira no estádio, algumas dezenas de associados dirigiram-se para a sala de troféus do clube situada por debaixo da bancada norte.

Lopes de Castro presidente do Varzim proferiu algumas palavras a propósito do actual momento do clube. Falou do ano difícil em que o Varzim passou onde garantiu a permanência na II Liga e continua no mesmo lugar. Afirmou que desejou sair nos três actos eleitorais realizados.

“Os dirigentes do Varzim andam a fazer trapézio sem rede e o futebol está a ser vítima da crise no país. Os clubes pequenos não tem acesso à banca e os dirigentes não podem ser a salvação do Varzim, porque são os mesmos atravessarem-se”.

“Tudo indica que podemos colocar o novo estádio de pé em 2011. Falta o Plano de Urbanização. Agora disseram numa rádio que o problema do Varzim era o Lopes de Castro. Se assim é vou-me embora. Mas não é assim, porque se assim fosse, logo na primeira jornada, o treinador estava despedido.”

“Temos que arranjar uma solução directiva rapidamente. Não pensem que os mesmos vão ficar. A figura de estilo de quem entregamos as chaves à Câmara não é solução. Não podemos continuar com esta situação e sou apenas parte da solução. O ano de 2011 é complicado e devemos enfrentar a crise de frente. Precisamos do estádio novo que pode proporcionar fontes de rendimento que nunca teve”.

Por outro lado, Macedo Vieira presidente da Câmara falou da crise do qual todos já estamos habituados. “O Varzim está à beira de dar um salto e somos um clube com carisma”.

“O que vem aí vai ser mau, mas temos que enfrentar a crise, porque este é o caminho que devemos seguir ou seja a aposta na formação”.

“Devemos falar verdade e não como os dirigentes de outros clubes. Não devemos ter medo e apresentar soluções para os problemas”.

“Temos que solucionar o problema directivo depois dos actos eleitorais para o qual não apareceu ninguém. Não apareceram pessoas com a coragem suficiente para liderar o clube de modo a estabiliza-lo”.

“Defendo a Comissão Administrativa porque uma direcção que se candidate tem que fazer promessas. Não estamos em tempo disso”.

“Creio que dentro em breve, deve-se construir o estádio e o projecto na posse da empresa Hagen já devia estar aprovado. Agora sei que é difícil nesta altura porque os bancos não libertam dinheiro para a construção”.

“Agora quanto à capacidade da Hagen construir o estádio não sabemos. As empresas de um momento para o outro podem apresentar a insolvência. Mas vamos ter esperança assim como nestes dirigentes”.

Encerrou os discursos José M. Reina presidente da Assembleia Geral com palavras de alerta para a situação dificil que vive o clube. "Temos crédito perante um dos maiores clubes de Portugal porque a banca não nos dá isso".

"O Benfica teve atitudes e comportamento ao longo dos anos como mais nenhum teve. Confiou-nos uma verba avultada para a negociação de atletas. É importante que reconheçamos quem nos faz bem".

Seguiu-se uma romagem ao cemitério da Póvoa para homengear fundadores e o associado Isidro Ferreira e ao cemitério de Averomar onde o clube prestou uma homenagem ao associado nº 174 Abilio Bento.

in Póvoa Semanário